segunda-feira, 4 de março de 2013

Criando um servidor de Apt Cacher no Debian

O Apt Cacher funciona como um repositório local em uma rede; mas diferentemente de um mirror que armazena vários gigabytes e dependem de uma conexão dedicada, o Apt Cacher somente armazena os pacotes baixados pelo sysadmin. É ideal para usuários domésticos, escolas, faculdades, empresas, etc.

O funcionamento do apt-cacher é simples:

1 - Ao ser solicitado um pacote de instalação de algum software o cliente verifica no servidor de Apt Cacher se o mesmo está disponível e se é a última versão; se positivo é baixado o pacote do servidor ao cliente;

2 - Se o servidor de cacher não dispuser o pacote solicitado ou o pacote disponível no servidor não for o mais atual, o cliente baixa o pacote dos mirros disponível no sources.list do servidor, instala e deixa uma cópia no servidor de Apt Cacher para ser utilizado por outros;

3 - Se o cliente pede um pacote ao servidor e durante a obtenção do mesmo é cancelado a instalação com CTRL+C por exemplo, o Apt Cacher continua fazendo o dowload até o fim, deixando o pacote armazenado no servidor sem fornecer ao cliente;

Instalação do Apt Cacher.

CONFIGURAÇÃO NO SERVIDOR

#apt-get -y install apt-cacher apache2

Feito isso o daemon de inicialização do serviço deverá ser ativado.

Usando um editor de texto de sua preferencia, modifique o status do serviço. (no caso estou usando o vim);

# vim /etc/default/apt-cacher

AUTOSTART=0
para
AUTOSTART=1

Isso fará com que o Apt Cacher seja inicializado junto com a subida do sistema.

O arquivo de configuração principal do APT Cacher é o /etc/apt-cacher/apt-cacher.conf; mas este arquivo raramente precisa ser modificado; se alguém necessitar modificar este arquivo posso ajudar em pvt.

Reiniciar o apt-cacher:
#/etc/init.d/apt-cacher restart

Reiniciar o apache (observe que foi criado um arquivo de configuração para o Apache "/etc/apache2/conf.d/apt-cacher.conf"):

# /etc/init.d/apache2 restart

Quando possuimos alguns pacotes com extensão .deb e desejamos que o Apt Cacher os importe para dentro do diretório /usr/share/apt-cacher/import; executa-se o comando.

# /usr/share/apt-cacher/apt-cacher-import.pl
Quando baixamos arquivos tanto pelo APT quanto pelo APTITUDE, os pacotes ficam salvos na pasta /var/cache/apt/archives. Estes também poderão ser importados para serem usados pelo Apt Cacher.

#/usr/share/apt-cacher/apt-cacher-import.pl /var/cache/apt/archives -r
Importar os arquivos para o apt-cacher em:/var/cache/apt-cacher/packages. e então ficara disponivel no servidor.

#/etc/init.d/apt-cacher restart
Verifcar o serviço

http://ip do servidor:3142/


CONFIGURAÇÃO NOS CLIENTES
No cliente, deve-se modificar o /etc/apt/sources.list

#vim /etc/apt/sources.list

adicionar da seguinte maneira:

##---------------------mirros oficiais-----------------------------

#mirros de segurança
deb http://10.1.1.15:3142/security.debian.org/ lenny/updates main contrib
deb-src http://10.1.1.15:3142/security.debian.org/ lenny/updates main contrib


#mirros oficiais
deb http://10.1.1.15:3142/linorg.usp.br/debian/ lenny main contrib non-free


##---------------------outros mirros oficiais---------------------

deb-src http://10.1.1.15:3142/ftp.br.debian.org/debian/ lenny main contrib non-free #Added by software-properties
deb-src http://10.1.1.15:3142/volatile.debian.org/debian-volatile lenny/volatile main contrib
deb http://10.1.1.15:3142/ftp.br.debian.org/debian/ lenny main contrib non-free
deb http://10.1.1.15:3142/security.debian.org/ lenny/updates contrib non-free main
deb http://10.1.1.15:3142/volatile.debian.org/debian-volatile lenny/volatile main contrib
deb http://10.1.1.15:3142/www.debian-multimedia.org lenny main
deb http://10.1.1.15:3142/debian-multimedia.org/  lenny main non-free

10.1.1.15 é o endereço do servidor de Apt-Cacher


Obs1. O apache2 é requerido no Debian 5; já no Debian 6 Squeeze o apache2 é dispensável;
Obs2. Neste exemplo estou usando os mirrors do Debian 5 Lenny (já descontinuado) e instalando o apache. Se for utilizar outras distribuições, cuidar para colocar os mirrors certos no /etc/apt/sources.list do servidor.

Que diacho! eu gostava do meu cusco!


end!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Gerando senhas blindadas no linux

Uma preoucupação comum de todos os sysadmin linux é com a geração de senhas fortes, sem vícios, incostantes e de difícil advinhação ou quebra por força bruta.

Bom, o linux provê alguns softwares bem eficientes para fazer isso para nós; particularmente gosto mais do pwgen, que hora apresento.

#aptitude install -y pwgen

após instalar o software, no prompt como root digite:

# pwgen -y (gera uma senha padrão de 8 caracteres)

para gerar senhas com maiores ou menores números de caractéres:

# pwgen -y -n 16 (senha de 16 caracteres)
# pwgen -y -n 5 (senha de 5 caracteres)
# pwgen -y -n 16 -0 (senha com 16 caracteres sem números)

mais informações

# man pwgen

vejam a saída padrão do comando para gerar senhas de 9 caracteres:

root@debian:/usr# pwgen -y -n 9
cii0Phah* Po;a$r9ai meaX|ei0z Thap4OhB, ohL4pee/n Ieloo7op< Esh]o1eek Oa4ainu\B


Senha medonha para quebrar!!

Música vinda da "Província Cisplatina" 



 

melhorar o prompt de comando

Uma forma de melhorar o visual da linha de comando e tornar o nosso trabalho mais agradável é colocar numeração nas linhas do editor de texto (vim, ou vi) e também linhas em cores diferentes; dependendo da função delas - linhas comentadas em uma cor, linhas de texto em outra cor, etc, etc.

Bom, a primeira coisa é instalar o editor de texto vim;

#aptitude -y install vim

Próximo passo é modificar o arquivo de configuração /etc/vim/vimrc;

#vim /etc/vim/vimrc

adicione os seguintes parâmetros no final do arquivo /etc/vim/vimrc;

set number
syntax on

Salve e saia do editor;

Feito isso reboot o computador e terá um editor de texto mais agradável para trabalhar.

Música para a vida


terça-feira, 17 de julho de 2012

Instalando Virtualbox no Debian Wheezy Testing

Quem lida com linux sabe da desgraça que é esses programas que só tem portabilidade para os "Microsoft Popular" (comprado no camelô da esquina). Felizmente existe maneiras de "driblar" estas situações; existem ferramentas que emulam muito bem softwares com extensão .exe feitas para Windows. As mais populares são o VirtualBox e o Wine.
Neste post, me atenho na instalação do VirtualBox no Debian 7, condinome Wheezy; versão testing (ainda não saiu do forno a versão stable).

O processo de instalação é simples e me poupa de escrever. Consiste em 3 ou 4 passos básicos.

Passo 1
Passo 2
  • Instale as dependências utilizando o gerenciador de pacotes aptitude; no prompt como superusuario; claro. (Casi me olvido de que hay hombres que no les gusta linux)

#aptitude -y install libqt4-network libqt4-opengl libqtcore4 libqtgui4

Passo 3
  • Satisfeitos os passos 1 e 2 a próxima tarrefa é instalar o VirtualBox propriamente. No diretório onde baixamos o VirtualBox, com poderes de administrador, damos o seguinte comando:

#dpkg -i virtualbox-4.1_4.1.18-78361~Debian~wheezy_i386.deb

Pronto! VirtualBox instalado, só falta agora emular outros Sistemas Operacionais e testar...

Ps.: para o leitor atento percebeu que  i386.deb; essa é uma versão para o debian 32 bits; para quem estiver usando uma versão do debian de 64 bits tem outra versão do VirtualBox de 64 bits, apropriado para esta arquitetura, disponível no site do VirtualBox.

"con el permiso" do autor do vídeo vou linkar esta maravilha da música gaúcha  João Almeida Neto "Siempre que es gaucho el cantor"

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Noções básicas sobre o editor vi

Apesar de ser um pouco difícil; entender o editor vi é fundamental para quem quer se aventurar em algum Sistema Operacional Linux e aprender um pouco mais.

O editor vi é tão clássico como o Linux. O programa foi criado por Bill Joy em 1976 para o BSD e está presente em praticamente todas as distribuições Linux. difícil imaginar um sysadmin que não possua no mínimo conhecimentos elementares sobre esta ferramenta de edição de texto. o vi é modo texto puro, sem qualquer interface gráfica, muito utilizado em servidores onde a interface gráfica é desabilitada por padrão a fim de economizar recursos computacionais; nestas circunstâncias toda a configuração do servidor é feito em modo texto em algum shell.

Modos do vi

vi tem dois modos de operação; um para incluir texto num arquivo - modo de entrada, e outro para
manipular texto e navegar pelo arquivo - modo de comando.
Modo de Entrada - Os caracteres digitados são introduzidos como texto no arquivo.
Modo de Comando - Permite navegar pelo arquivo, utilizando as teclas h, j, k e l
(esquerda, abaixo, acima, direita). Utilizando os dois pontos, ":", o cursor se posiciona na
ultima linha da tela, permitindo utilizar varios comandos

# vi exemplo – com este procedimento executo o arquivo exemplo;

i - entra em modo de inserção de texto;

esc - sai do modo de inserção de texto e entra em modo de comando;


    1 - Inserção de caracteres (inicia o modo de entrada)

  • i - insere texto antes do caractere atual.

  • I - insere texto no início da linha atual.

  • a - insere texto após o caractere atual.

  • A - insere texto no final da linha atual.

  • o - abre uma linha abaixo da atual e insere texto nela.

  • O - abre uma linha acima da atual e insere texto nela.

Observação: Para sair do modo de inserção de caracteres, pressione esc

2 - Exclusão de caracteres (é necessário estar em modo de comando)

  • x- exclui a letra sob o cursor.

  • nx- exclui as próximas n letras.

  • dw- exclui o restante da palavra atual (a partir do cursor).

  • ndw- exclui as n próximas palavras.

  • dd- exclui a linha atual.

  • ndd- exclui n linhas a partir da atual.

  • u- desfazer. Restaura o que foi apagado por último ou apaga o que foi inserido por último

3 - movimentação do cursor e blocos de texto (também é necessário estar em modo de comando)

  • h - Move o cursor para a esquerda

  • l - Move o cursor para direita

  • j - Move o cursor pra linha de baixo

  • k - Move o cursor pra linha de cima

  • v + h, j, k ou l - Seleciona o texto (segurar a tecla v pressionada)

  • y - copia o texto recem selecionado

  • c - corta o texto recem selecionado

  • p - cola o texto recem copiado/cortado

4 - finalizando edição

:q sai sem salvar

:q! sai forcadamente

:wq - Salva e sai

ZZ - Salva e sai

:wq! - Salva e sai forcadamente

:x nomearquivo.txt - Salva com o nome designado e sai do vi.

:e nomearquivo.txt - Abre o arquivo para edicao


Como escrito anteriormente, este post é bastante simplificado. O editor vi possui muitos outros recursos para edição de texto não explorados aqui. Para uma compreensão melhorada é necessário consultar outras fontes também.

domingo, 29 de agosto de 2010

FHS – Filesystem Hierarchy Standard

FHS – Filesystem Hierarchy Standard GNU/Linux.



Estrutura de diretórios do linux

Acredito que é fundamental para quem está começando a estudar alguma distribuição GNU/Linux, começar a entender a estrurtura de diretório do Linux, estrutrua esta que é definida pela FHS.No meu entendimento, penso que deva ser a primeira coisa a ser estudada; a primeira leitura, a primeira compreensão, etc.
A estrutura de diretórios GNU/Linux é organizado pela FHS – Filesystem Hierarchy Standard. É ela quem define quais são os diretórios que deverão existir, a localização dos arquivos de configuração etc. O FHS define que uma distribuições GNU/linux deverá conter obrigatoriamente 14 diretórios.
  • Observando a figura acima vimos que o "/" é o diretório raiz do GNU/Linux; fazendo uma comparação mal feita é como se fosse o C:\ do MS Windows, digo "comparação mal feita" por que o GNU/Linux possui uma estrutura de diretório bem melhor organizada e padronizada; mas voltando a questão é, a partir do "/" que se origina toda a estrutura de diretórios GNU/Linux. O "/" é o "pai de todos"; os demais são sub diretórios do "/" ou diretórios filhos como habitualmente são chamdos.
  • /bin: Contém os executáveis de comandos essenciais a todos os usuários do sistema, como os comandos ls, cd, mkdir, rm, mv etc. (estes comandos podem ser executados pelos usuários normais ou pelo root).
  • /dev: Contém os arquivos de dispositivos (devices). Estes arquivos de dispositivos são necessários para acessar discos, mouses, modens e outros dispositivos integrados ao sistema. O Linux trabalha com dispositivos (falando em hardware) como arquivos. Ou seja, para cada dispositivo que eu tenho na máquina, terá um arquivo de dispositivo associado ao mesmo em /dev. Os arquivos-dispositivos estão em /dev. Como por exemplo /dev/sda, /dev/floppy, /dev/modem, etc. não são arquivos armazenados no HD, mas sim "links" para dispositivos de hardware. Por exemplo, todos os arquivos gravados no "arquivo" /dev/dsp serão reproduzidos pela placa de som, enquanto o "arquivo" /dev/ttyS0 contém os dados enviados pelo mouse (ou outro dispositivo conectado na porta serial 1).
  • /etc: Contém os arquivos de configuração do sistema. Geralmente este diretório é utilizado por administradores de sistema. Contém vários arquivos de configuração entre eles podemos destacar os subdiretórios /etc/rcX.d onde ficam os scripts de inicialização do sistema em seus vários níveis; outros arquivos não menos importante é o /etc/fstab que contém a tabela de filesystems e o /etc/inittab que contém a configuração para inicialização do sistema em cada nível. Outros arquivos dignos de citação são os arquivos /etc/network/interfaces e o arquivo /etc/apt/source.list; responsável pela configuração da placa de rede e dos repositórios para instalação de programas respectivamente.
  • /lib: Contém bibliotecas compartilhadas (essenciais) necessárias para a execução dos arquivos contidos nos diretórios /bin e /sbin, além de conter os módulos do kernel. A função destas bibliotecas é similar aos arquivos .dll no Windows e são essenciais para a inicialização do sistema.
  • /mnt: Diretório destinado à montagem de sistema de arquivos remotos. É o diretório utilizado para montar sistemas de arquivos nts (network file system) em rede, ou em computadores remotos. È também muito utilizado para montar partições de discos rígidos.
  • /root: Destina-se a ser o diretório pessoal do superusuário root.
  • /sbin: Contém executáveis utilizado somente pelo user root. São os executáveis essenciais para administração do sistema como os comandos fdisk, fsck, mkfs, mount, etc. Alguns arquivos que não suficientes para estar em /sbin podem ser localizados em /usr/sbin.
  • /boot: Contém os arquivos necessários para o boot do sistema, como os arquivos do boot loader e a imagem do kernel.
  • /home: Este diretório contém dados pessoais dos usuários do sistema; fazendo uma comparação mal feita, é como se fosse o diretório “meus documentos” da Ms Windows. Geralmente o diretório /home/user constitue-se em uma partição separada.
  • /opt: Diretório destinado à instalação de binários pré-compilados e programas proprietários e não essenciais ao Sistema GNU/Linux.
  • /tmp: Diretório de usao comum a todos os usuários. Guarda arquivos temporários que são apagados a cada inicialização do sistema. Não deixe arquivos importantes aqui, pois ele é limpo a cada inicialização.
  • /usr: Contém todos os outros programas que não são essenciais ao sistema e seguem o padrão GNU/Linux (programas não proprietários), exemplos são o browser firefox, gerenciador de janelas etc. É tão grande que é considerado uma hierarquia secundária, perdendo apenas para o diretório raiz (/). As bibliotecas necessárias para as aplicações hospedadas em /usr não pertencem a /lib, e sim /usr/lib. Possui informações compartilhadas somente para leitura. O diretório /usr é de grande importancia dentro da estrutura de diretório do GNU/Linux; entre seus subdiretórios de maior importância podemos citar:
  • /usr/bin contém os executáveis do sistema que não são importantes o suficiente para estarem em /bin;
  • /usr/sbin contém os executáveis do sistema que não são importantes o suficiente para estarem em /sbin;
  • /usr/lib contém bibliotecas compartilhadas que dão suporte a vários programas;
  • /usr/local é usado pelo administrador do sistema e destina-se a instalação de softwares posterior a instação do linux, softwares estes não proprietários e que seguem o padrão GNU/Linux;
  • /usr/share destinado a compartilhamento de arquivos binários;
  • /var: Diretório de conteúdo variável destinado principalmente à tarefas administrativas, como armazenar os logs do sistema, spool de impressão, manpages etc. Ou seja, tudo o que é variável e muda constantemente. São arquivos que sofrem modificações durante a sessão. Alguns subdiretórios do /var
  • /var/cache é usado como espaço de armazenamento temporário de dados; como por exemplo resultados de computações extensas;
  • /var/log armazena logs do sistema como os arquivos criados pelo syslog. Neste diretório esta o sistema padrão de log do linux no arquivo /var/log/messages.
  • /var/mail armazena informações da caixa de email;
  • /var/spool armazena informações do processamento de impressões no linux;
  • /proc: seu conteúdo não faz parte dos arquivos de sistema (não ocupa espaço no HD). Ele é apenas um sistema de arquivo virtual para que os administradores do sistema tenham acesso as informações do processamento do kernel em forma de arquivos para consulta. Exemplos de seu uso: consultar IRQ (interrupções de sistema), os dispositivos PCI. É um sistema de arquivos virtuais de informações de processo do kernel, neste diretório estão os arquivos com a configuração atual do sistema, dados estatísticos, dispositivos já montados, endereços e estados de portas I/O, dados sobre a rede, etc.
  • /media: Diretório destinado à montagem de dispositivos removíveis; um exemplo bastante comum: o pen drive, então, não encontrando o pen drive, procure no diretório /media.

Referências:
SIQUEIRA, Luciano Antonio.Certificação LPI-1: 101-102. São Paulo: Linux New Media, 2009.

PRITCHARD, Steven et al.Certificação Linux LPI:Guia de referência nível 1: Exames 101 e 102. Rio de Janeiro: Alta Books, 2007.

FERREIRA, Rubem E. LINUX:Guia do Administrador de Sistemas. São Paulo: Novatec, 2008.

Guia Foca Linux, 2010. Disponível em :http://focalinux.cipsga.org.br/. Acesso em 23 de agosto de 2010.

MOTA, João Eriberto: Descobrindo o Linux. São Paulo: Novatec, 2012.  

sábado, 28 de agosto de 2010

Shell Linux


Interpretadores de Comando

Em um Sistema Operacional moderno, temos entre outros, o Núcleo do Sistema Operacional e o Shell.
O Núcleo do sistema (Kernel) é o "centro nervoso" do Sistema Operacional. Contém arquivos escritos em linguagem de programação C e Assembly. O kernel controla os dispositivos e demais periféricos do Sistema Operacional, como: placas de som, vídeo, discos rígidos, pen drivers, sistemas de arquivos, redes, permite que todos os processos sejam executados pela CPU, faz escalonamento de processos, definindo tempo de processamento para cada programa de acordo com a prioridade que cada um tem e possibilita aos processos em execução compartilhar a memória e recursos do computador.
O Shell é parte integrante do sistema operacional; funciona como interpretador de comando e é responsável por possibilitar a interação entre o usuário e o kernel do Sistema. Uma diferença substancial entre Linux é Windows é que em sistemas Ms Windows o Shell é a interface gráfica propriamente (é aquilo que vemos, pastas, janelas, navegadores, etc).
Em um sistema GNU/Linux o Shell é um interpretador de comandos; ou seja, trata-se de um prompt que vai ler os comandos digitados pelo usuário, fazer a interpretação desses comandos, executar o que foi pedido e mostrar na tela o(s) resultado(s) para o usuário. Existem vários interpretadores de comandos; vários shell, sendo que o mais utilizado é o bash (Bourne Again Shell). O shell é bem mais que um simples interpretador de comando, é também uma poderosa linguagem de programação.

Diagrama de Contexto do Shell

O diagrama de contexto acima é bastante representativa de como se dá a interação do usuário com o computador através do shell linux. No primeiro nível esta o usuário que digita um comando para listar diretórios/arquivos (ls); O shell interpreta aquele comando do usuário e solicita ao Núcleo do sistema operacional (Kernel) para que este faça uma consulta no hardware do computador (neste caso no hard disk). Uma vez feito a consulta, o resultado é armazenado em um endereço de memória e na seqüência devolve o resultado ao kernel e este repassa as informações ao shell do usuário; como bem indicado pelas setas.

Símbolo do prompt

Quando executamos algum prompt de comando será exibida uma tela aguardando a entrada de comandos. No meu computador aparece assim:
jorge@linux:~$ sendo "jorge" o nome do usuário logado e "linux" é o hostname. O símbolo $ me indica que sou um "usuário normal" no sistema, ou seja, um usuário sem poderes administrativos.
jorge@linux:~# Este símbolo que aparecerá após o nome do computador é o # (tralha, serquilha, jogo da velha), indica que se trata do super usuário ou usuário root (raiz); este usuário deve ser utilizado com bastante cuidado, já que o linux não impõe restrição ao user root por entender que este usuário sabe o que esta fazendo...


Referências:

SIQUEIRA, Luciano Antonio.
Certificação LPI-1: 101-102. São Paulo: Linux New Media, 2009.
PRITCHARD, Steven et al.
Certificação Linux LPI: Guia de referência nível 1: Exames 101 e 102. Rio de Janeiro: Alta Books, 2007.
FERREIRA, Rubem E.
LINUX: Guia do Administrador de Sistemas. São Paulo: Novatec, 2008.


segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Instalar pacotes de software com o gerenciador de pacotes aptitude


O aptitude é outra ferramenta da distribuição matriz GNU/Linux Debian para gerenciamento de pacotes de software (instalação, remoção, atualização, resolução de dependências, pesquisa de pacotes instalados e/ou disponível para instalação, etc, etc). Especula-se que o aptitude será um substituto natural do apt-get, assim como o apt-get foi do dpkg.
O aptitude contém todas os recursos de um gerenciador de pacotes de software moderno; entre eles está um recurso muito útil que é a resolução automática de dependências de pacotes de software.

Quase me esqueço de dizer, que administração de sistema GNU/Linux é linha de comando na certa... pra quem faz isso habitualmente chega passar despercebido; já o mesmo não se pode dizer para quem está iniciando ou para usuários do sistema "MS Popular" (Made in Chine). Portanto, sempre quando for instalar, remover, atualizar, pesquisar por pacotes de software, independente de usar o comando dpkg, apt-get ou o aptitude deve-se utilizar shells, prompt de comandos ou consoles Linux. (Matéria do próximo post).

Sintaxe:

aptitude [opções] comando

Segue alguns exemplos:

# aptitude install vim (instala o vim);
# aptitude reinstall pacote (Remove e instala o pacote pedido);
# aptitude remove vim (remove o vim);
# aptitude –purge remove vim (remove o vim e todos os seus arquivos de configuração);
# aptitude update (atualiza a base de dados do apt);
# aptitude upgrade (faz atualização dos pacotes que estão no sistema para uma versão mais nova que estão nos mirros)
# aptitude safe-upgrade (Atualiza os pacotes instalados para sua versão mais recente, sem instalar ou remover pacotes);
# aptitude dist-upgrade (atualiza o sistema todo);
# aptitude full-upgrade (Atualiza os pacotes instalados para sua versão mais recente, podendo instalar ou remover pacotes se necessário);
# aptitude autoclean (Remove do cache local os pacotes antigos que não mais podem ser baixados dos repositórios online);
# aptitude clean (limpa os arquivos .deb armazenados em /var/cache/apt/archives);
# aptitude search irc (procura localizar o pacote irc);
# aptitude download irc (Apenas faz o download do pacote irc pedido, sem instalar);





sábado, 21 de agosto de 2010

Instalar pacotes de software com o APT - Advanced Package Tool



APT

O APT – Advanced Package Tool – é um software existente em algumas distribuições GNU/Linux que funcionam como gerenciador de pacotes (package manager).Sua função é instalar pacotes que estão disponíveis em repositórios locais ou remotos. O APT também é capaz de resolver problemas de dependências entre softwares, esta função possibilita resolver problemas que ocorrem quando um pacote não consegue ser instalado por que depende de outro que esteja instalado previamente. O apt-get funciona através de linha de comando mas mesmo assim sua operação é fácil! O APT é utilizado sobretudo pela distribuição GNU/Linux Debian e derivados do SO Debian, tal como o Ubuntu, Kubuntu, Knoppix, Kurumim, Linux Educacional, etc, etc. Busca-se com a utilização desta ferramenta (apt) conectar um PC a um repositório de pacotes de softwares e, através dele, fazer todas as instalações e atualizações necessárias. Estes repositórios remotos são chamado de mirrors.


Arquivos de Configuração


/etc/apt/apt.conf – é utilizado para modificar as configurações padrão do apt;

/etc/apt/sources.list – Este é o arquivo principal de configuração do apt, é o mais importante; é nele que ficam todos os mirrors (repositórios on-line) adonde são buscados os arquivos para instalação/atualização do sistema;

/etc/apt/apt.conf.d – utilizado para armazenar aruivos que contenham configurações adicionais para o apt;

/var/cache/apt/archives – nesse diretório ficam armazenados os arquivos que baixamos da internet dos mirrors adicionados em /etc/apt/sources.list para serem instalados no sistema. É aconselhavel de vez em quando eliminar estes arquivos, para não ficarem ocupando espaço em disco desnecessariamente.

Segue um pequeno exemplo do conteúdo do arquivo sources.list.


deb cdrom:[Debian GNU/Linux 5.0.0 _Lenny_ - Official i386 DVD Binary-1 20090214-16:54]/ lenny contrib main

deb cdrom:[Debian GNU/Linux 5.0.0 _Lenny_ - Official i386 DVD Binary-1 20090214-16:54]/ lenny contrib main

deb cdrom:[Debian GNU/Linux 5.0.0 _Lenny_ - Official i386 DVD Binary-2 20090214-16:54]/ lenny contrib main

deb http://ftp.br.debian.org/debian/ lenny main contrib non-free

deb http://security.debian.org/ lenny/updates main contrib non-free


Comando APT


  • apt-get

Sintaxe

apt-get [opções] comando


opções mais importantes:

-qq só exibe as mensagens de erro;

-y assuem “yes” para todas as perguntas geradas pelo prompt;

-u vai exibir uma lista dos pacotes atualizados;

-v exibe a versão do comando apt-get;


Exemplos práticos do uso do apt-get

Lembrando que sempre devemos estar logado como administrador ou participar do grupo de administradores para poder instalar/gerenciar pacotes de software


# apt-get -y install gdm (instala o gdm sem pedir confirmação);

# apt-get --reinstall gdm (reeinstala o gdm);

# apt-get remove gdm (removendo pacotes de instalação, mas deixa os pacotes de config.);

# apt-get –purge gdm (desinstalação total do programa gdm);

# apt-get update (atualiza a base de dados disponivel no arquivo /etc/apt/sources.list)

# apt-get upgrade (faz instalação dos pacotes atualizados pela apt-get update);

# apt-get -f dist-upgrade (faz a atualização para a nova versão do debian)

# apt-cdrom add (adiciona um cd-rom no /etc/apt/sources.list)

# apt-cache search + nome do pacote (busca pacotes para instalação);

# apt-cache show + nome do pacote (descrição detalhada do pacote);

# apt-cache depends gaim (exibe as dependencias do pacote gaim);

# apt-cache show gaim (exibe informações detalhadas sobre o pacote gaim);


Referências:

SIQUEIRA, Luciano Antonio.
Certificação LPI-1: 101-102. São Paulo: Linux New Media, 2009.
PRITCHARD, Steven et al.
Certificação Linux LPI: Guia de referência nível 1: Exames 101 e 102. Rio de Janeiro: Alta Books, 2007.
FERREIRA, Rubem E.
LINUX: Guia do Administrador de Sistemas. São Paulo: Novatec, 2008.

Guia Foca Linux, 2010. Disponível em : http://focalinux.cipsga.org.br/. Acesso em 20 de agosto de 2010.

http://www.debian.org/doc/manuals/apt-howto/index.pt-br.html#contents